Diário
Diário – Um dia diferente : 05 de julho de 1980 - o Papa em Curitiba
Acho que nunca vou esquecer aquele dia em que eu e a turma resolvemos ir ver o Papa aqui em Curitiba. A apresentação ia ser na Praça Nossa Senhora de Salete, lá no Centro Cívico, e todo mundo estava comentando. A cidade parecia que estava em outro ritmo, como se algo grandioso estivesse pra acontecer.
Fomos em bando: eu, o Zé (meu melhor amigo na época), o Ivo, o Pio, o Batista, o Beijoca e o Klaus. Todos da engenharia. O Klaus comentou no caminho que as irmãs dele estariam lá esperando, junto com a namorada dele, a Doroty.
Chegando lá, a praça já lotada. Uma multidão mesmo. Era gente pra todo lado, bandeira, vela, cantoria. Mas o mais legal foi encontrar as meninas — a Irene e a Christine, irmãs do Klaus. Nos acampamos ali mesmo, em roda, e começamos a bater papo. Tava frio, e pra ajudar a esquentar o corpo e o espírito, levamos uma garrafa de conhaque Presidente. Por sinal, nunca mais consegui beber esse conhaque, acho que a noite reservou severas lembranças,entre elas uma baita ressaca com dor de cabeça.
Logo o Zé se chegou na Irene, todo animado. Ela era a mais velha e tinha aquele jeito de quem já sabia das coisas. A Christine era mais na dela, bem novinha, mas já sabia o que queria, o Batista até tentou puxar papo, mas coitado, o que tinha de gente boa, também tinha de feio, então ela não parecia muito interessada, não.
Ficamos ali por horas, rindo, contando piada, passando o conhaque de mão em mão. Aquele tipo de noite em que tudo parece simples e bom. Sinceramente? Nem lembro se o Papa chegou a falar ou rezar — acho que sim, mas a gente tava tão entretido com a galera que virou só parte do cenário.
Saímos de lá tarde, meio tontos, meio felizes, com a sensação de que vivemos algo especial, mesmo sem saber direito o quê. Foi um daqueles momentos que a gente não tira foto, mas guarda pra sempre na memória.
Fomos para casa do Zé que era mais perto,nos despedimos, cada um para seu lado, nem parecia que aquela noite ia significar uma mudança total na minha vida.


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Diário – Um dia diferente : 05 de julho de 1980 - o Papa em Curitiba
Acho que nunca vou esquecer aquele dia em que eu e a turma resolvemos ir ver o Papa aqui em Curitiba. A apresentação ia ser na Praça Nossa Senhora de Salete, lá no Centro Cívico, e todo mundo estava comentando. A cidade parecia que estava em outro ritmo, como se algo grandioso estivesse pra acontecer.
Fomos em bando: eu, o Zé (meu melhor amigo na época), o Ivo, o Pio, o Batista, o Beijoca e o Klaus. Todos da engenharia. O Klaus comentou no caminho que as irmãs dele estariam lá esperando, junto com a namorada dele, a Doroty.
Chegando lá, a praça já lotada. Uma multidão mesmo. Era gente pra todo lado, bandeira, vela, cantoria. Mas o mais legal foi encontrar as meninas — a Irene e a Christine, irmãs do Klaus. Nos acampamos ali mesmo, em roda, e começamos a bater papo. Tava frio, e pra ajudar a esquentar o corpo e o espírito, levamos uma garrafa de conhaque Presidente. Por sinal, nunca mais consegui beber esse conhaque, acho que a noite reservou severas lembranças,entre elas uma baita ressaca com dor de cabeça.
Logo o Zé se chegou na Irene, todo animado. Ela era a mais velha e tinha aquele jeito de quem já sabia das coisas. A Christine era mais na dela, bem novinha, mas já sabia o que queria, o Batista até tentou puxar papo, mas coitado, o que tinha de gente boa, também tinha de feio, então ela não parecia muito interessada, não.
Ficamos ali por horas, rindo, contando piada, passando o conhaque de mão em mão. Aquele tipo de noite em que tudo parece simples e bom. Sinceramente? Nem lembro se o Papa chegou a falar ou rezar — acho que sim, mas a gente tava tão entretido com a galera que virou só parte do cenário.
Saímos de lá tarde, meio tontos, meio felizes, com a sensação de que vivemos algo especial, mesmo sem saber direito o quê. Foi um daqueles momentos que a gente não tira foto, mas guarda pra sempre na memória.
Fomos para casa do Zé que era mais perto,nos despedimos, cada um para seu lado, nem parecia que aquela noite ia significar uma mudança total na minha vida.